A Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus atribuiu a medida à pressão de custo e à transformação da indústria automobilística, o que tornou necessário um foco maior no 'core business', definido como a fabricação de chassis de ônibus, caminhões e o desenvolvimento de tecnologias e serviços para o futuro.
A produção de componentes como eixos dianteiro e transmissão média e os serviços de logística, manutenção e ferramentaria estão entre as atividades que passarão a ser executadas por empresas contratadas.
"Estamos garantindo a sustentabilidade dos negócios da Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus a longo prazo no Brasil", disse a montadora em comunicado.
A empresa demitirá aproximadamente 2,2 mil trabalhadores da unidade, sua primeira no país --inaugurada em 1956-- e maior planta da Daimler fora da Alemanha para veículos comerciais Mercedes-Benz. E cerca de 1,4 mil profissionais não terão seus contratos temporários renovados a partir de dezembro de 2022.
O Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC disse que seus dirigentes se reuniram com a diretoria da Mercedes-Benz nesta tarde, quando representantes da companhia pediram a abertura de negociação sobre esses temas. A fábrica tem 6 mil trabalhadores na produção e entre 8 mil e 9 mil no total, segundo a entidade.